27 de abr. de 2007

Visita à Semma

Alunos da Escola Brígida estiveram na Semma conversando com o Secretário sobre o lixo em Venâncio Aires.


Caminhada pela paz

Dia 4 de abril houve em Venâncio Aires a caminhada pela paz com o tema: Paz e Meio Ambiente. Nessa caminhada participaram diversos alunos, professores e entidades. Foi uma ação muito bonita. Olhem as fotos!






24 de abr. de 2007

Caçar bugigangas



Curtas da Secretaria

PLANTIO DE ÁRVORES NA CALÇADA: antes de plantar árvores na calçada consulte a Secretaria para orientações quanto às espécies adequadas e forma de plantio.

REPOSIÇÃO FLORESTAL: quem está devendo a reposição florestal tanto na cidade quanto no interior deve providenciar o plantio. As vistorias começam a ser feitas este mês. Quem não tiver cumprido o disposto no alvará poderá ser multado.

Faça a sua parte! Conserve o meio ambiente.

***


EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Atividade: “Caçar Bugigangas”

Objetivo: É uma atividade estimulante e divertida que visa desenvolver a capacidade de observação, o trabalho em equipe, a identificação, além de trabalhar conceitos da ecologia, biologia e outros, dependendo do objetivo do(a) educador(a).

Quando e onde realizar: de dia, em qualquer local

EXEMPLO: Lista de bugigangas

Escolha somente coisas que possam ser recolocadas com segurança e que não causem danos.

1. Uma pena
2. Uma semente espalhada pelo vento
3. Uma folha
4. Um espinho
5. Um osso
6. Dez amostras de alguma coisa
7. Três tipos diferentes de semente
8. Algo camuflado
9. Algo redondo
10. Parte de um ovo
11. Algo que seja felpudo
12. Algo que seja reto
13. Algo que seja bonito
14. Cinco amostras de algo artificial
15. Uma folha comida (não por você!)
16. Algo que faça barulho
17. Algo vermelho
18. Algo branco
19. Algo que seja macio
20. Uma pedra.Número de participantes: 3 ou mais

Idade mínima: 5 anos

Material necessário: saco de papel, lápis e lista de bugigangas

Como brincar: As crianças podem ser organizadas individualmente ou em grupos, dependendo do número de crianças. Cada criança ou grupo recebe uma lista de “bugigangas” que deverá procurar. A brincadeira pode ser feita de diversas formas: marcando tempo por item e conferindo cada item por grupo ou marcando um tempo total para toda a lista e conferindo após o término do tempo estabelecido. Cada objeto encontrado marca um ponto. Ganha quem tiver feito mais pontos. Essa brincadeira pode ser feita com crianças não alfabetizadas, bastando substituir a lista por uma cartela com quatro ou cinco desenhos (uma folha, uma pena, uma pedra e uma joaninha, por exemplo).

SE VOCÊ UTILIZOU ALGUMA DAS ATIVIDADES PROPOSTAS AQUI, NOS MANDE UM E-MAIL CONTANDO COMO FOI!

Adaptada do livro “Brincar e aprender com a natureza” de Joseph Cornell.

(Bióloga Mariana Faria Corrêa)

16 de abr. de 2007

Tolerância: chave para a boa convivência



“Conversar con todo el mundo. No temer el contagio de los adversos. Ningún conflicto es un túnel cerrado y la luz del entendimiento puede entrar por los dos extremos.”

Pablo Neruda

***

A tolerância é, sem dúvida, a chave para uma convivência harmônica e produtiva entre seres vivos co-habitantes do Planeta Terra.
Essa afirmação, aparentemente um pouco ampla, poderia nortear a postura dos seres humanos frente a natureza e apaziguar conflitos históricos.
A forma como as coisas sempre foram feitas, em si, não justifica que as ações continuem sendo realizadas da mesma maneira. Isso significa dizer que todo o cidadão deveria repensar o porquê de agir de uma ou de outra forma, avaliando cruamente as motivações e desejos.
Quando falamos em meio ambiente temos uma questão cultural muito forte e conceitos arraigados, mas que hoje podem ser injustificados. As ações e formas de fazer e pensar transmitidas ao longo das gerações parece prevalecer, em muitos casos, ao estudo científico e discursos para preservação do meio ambiente.
O que quero dizer com tudo isso? De maneira simples: não é mais possível aceitar algumas situações comuns num passado não muito distante. Hoje caçar é crime, assim como desmatar. E porque se tornou um ato criminoso se era uma prática tão comum, aceita e amplamente praticada? Justamente por esses motivos. Animais foram caçados sem nenhum controle, sem nenhum cuidado. Espécies foram dizimadas, seja por sua utilidade, seja por não serem “úteis”. A mata nativa, outrora exuberante, foi completamente explorada, restando pequenas manchas que, apesar do tamanho, ainda desempenham um papel fundamental para todos os seres vivos do Planeta.
Hoje as florestas, os cursos d´água e todos os recursos naturais estão acima do direito privado de um cidadão. O meio ambiente é direito de todos e, sendo assim, sua proteção é uma obrigação coletiva. Ações isoladas parecem pequenas justamente porque são avaliadas isoladamente, mas quando agrupadas percebe-se sua dimensão.
Desta forma, a tolerância é um conceito que vai além do próprio termo, não devendo ser entendida apenas como o ato de “suportar”, mas sim como uma nova forma de ver a vida, respeitando outros seres, outras opiniões, não bastando apenas escutar o outro, mas principalmente compreender o outro, avaliar seus motivos e argumentos e, com isso, repensar os nossos próprios conceitos. Parece simples, mas não é. Colocar-se no lugar do outro verdadeiramente é um desafio, ponderar é primordial. A busca pela plena satisfação dos nossos desejos deve ser precedida por uma avaliação criteriosa. Dentro de uma sociedade há regras estabelecidas, algumas claras, outras sutis. Para o que não há regra, há o bom senso.
A briga pela defesa do meio ambiente deveria ser uma ação coletiva, visto que a degradação da mesma gerará implicações para todos os seres vivos – e não somente para uns ou outros. A poluição do ar, da água, o aquecimento global atinge a todos, independente de dinheiro, de poder, de credo.
Conservar a natureza é uma questão de atitude, tolerância e respeito. Exemplos simples: as árvores não são meros objetos criados para satisfazer aos nossos desejos e necessidades. Elas existem por si mesmas, respiram, reproduzem-se. Algumas árvores podem sobreviver muitos anos. Elas não são meros elementos decorativos, fornecedores de sombra ou proteção. Muitas vezes recebemos solicitações para corte de árvores para realçar a fachada de algum empreendimento, ou porque dão muito trabalho para limpar a calçada quando perdem folhas. É nesses casos que se percebe a necessidade de uma grande dose de tolerância e respeito. É claro que varrer a calçada diariamente gera trabalho, mas aquela árvore está ali, às vezes há mais tempo que nós, fornecendo sombra, proteção ao vento, beleza... Não é uma questão de substituí-la por outra. Seres são insubstituíveis e a maioria tem defeitos e qualidades. Assim, o relacionamento entre seres humanos ou não, deve estar aberto aceitar os defeitos, respeitá-los, valorizar as qualidades e conviver com tudo isso. Não estamos falando em radicalismos! Há caso de árvores danificando prédios, ameaçando cair sobre casas... ok! Certamente não é culpa delas, foram plantadas em locais inadequados, mas para garantir a segurança são retiradas. Mas esse tipo de atitude não deve ser a regra, deve ser a exceção. O mesmo pode-se dizer dos animais. Alguns deles estão próximos de nós, convivem conosco. Ótimo! Isso é muito bom! E porque temos que tomar alguma atitude? Porque sempre que vemos um animal pensamos que temos que fazer alguma coisa (pro bem deles ou pro fim deles)? Na maioria das vezes eles estão bem onde estão e muitas vezes só de passagem... Então porque não tolerar sua presença? E quem sabe até usufruir dela?
O segredo da convivência é a tolerância, mas para que isso seja possível é preciso que cada um de nós esteja disposto a fazer a sua parte.

(Bióloga Mariana Faria Corrêa)