22 de mai. de 2007

Aprender a preservar

Dentre as atividades programadas para a comemoração dos 116 anos do município, a peça teatral encomendada pela Semma "Aprendendo a Preservar, uma questão de consciência" do grupo venâncio-airense Ecos da Periferia se demonstrou uma agradável surpresa.

A peça tem como objetivo tratar de uma forma direta e bem humorada a questão da necessidade da preservação ambiental. A sua estréia foi muito aplaudida por alunos e professores e todas as sessões estão lotadas.



Folha do Mate de 15 de maio de 2007


Teatro integra programação de aniversário do município


Podas



PODAS DE ÁRVORE

O frio mal começou e parece que toda a cidade resolveu que já era hora de podar as árvores. Há galhos por toda parte, montes e mais montes espalhados por Venâncio Aires. E o resultado são árvores mutiladas, fracas e condenadas. Parece exagero? Pois não é. Todos os dias recebemos solicitações de corte de árvores da arborização pública. Na maioria dos casos nos deparamos com árvores doentes, fungadas ou danificadas por manejo inadequado. Árvores que, por natureza, viveriam muitos anos, em pouco tempo estão tão deterioradas que precisam ser removidas.

E por que poda-se uma árvore? Bom, no ambiente natural não há necessidade de podá-las. Elas crescem livremente e em resposta a qualidade do solo, iluminação, etc. Mas na cidade as árvores e os equipamentos urbanos precisam conviver. Tudo começa com a escolha da árvore certa. Nem todas as árvores são adequadas à arborização urbana. Algumas são muito grandes, outras emitem raízes superficiais ou muito vigorosas, algumas têm a copa muito ampla. Há ainda árvores com frutificação muito intensa, ou frutos muito grandes e pesados. Árvores são investimento para longo prazo. Custam a crescer, demandam certo cuidado no início e vivem muitos anos. Não se pode ser imediatista quando é este o assunto. Nem sempre árvores de crescimento rápido são uma boa opção. Muitas vezes elas são árvores muito agressivas e podem causar grandes “estragos”. Assim sendo, procure orientação antes de plantar qualquer árvore no pátio ou na calçada. Fora a árvore em si é preciso verificar outros aspectos como o tamanho da calçada, tamanho do canteiro, distância de postes de luz, das esquinas e das placas de trânsito e o afastamento da rede de alta tensão.

Como deve ser feita a poda na cidade? A poda deve ser feita para propiciar a convivência da árvore com o equipamento urbano, sem precisar removê-la (poda emergencial), para conduzir melhor a árvore ou para ajudar na sua formação. Há técnica para isso e o equipamento deve ser adequado (ou seja: não é qualquer pessoa que pode fazer esse serviço!). Uma poda mal feita pode condenar a árvore. Há árvores que aceitam bem a poda, outras não. Esse conhecimento é essencial... De qualquer maneira vale lembrar que a poda drástica (aquela que tira quase toda a copa da árvore) é PROIBIDA. Algumas dicas importantes:

A melhor época para realizar a poda são os meses de maio, junho, julho e agosto (popularmente os meses sem “r”), quando a maioria das plantas encontra-se em repouso vegetativo;
Nunca pode plantas floridas;
A melhor época para podar é durante a lua minguante, quando há menor circulação de seiva;
Só use ferramentas adequadas e muito bem afiadas (nada de facão!);
Procure usar um cicatrizante para evitar a entrada de fungos e bactérias;
Corte sempre em ângulo e acima da gema;
Brotos “ladrões” devem ser retirados;
Elimine ramos doentes, tortos e mal formados;

Como fazer a poda de galhos passo a passo:

27 de abr. de 2007

Visita à Semma

Alunos da Escola Brígida estiveram na Semma conversando com o Secretário sobre o lixo em Venâncio Aires.


Caminhada pela paz

Dia 4 de abril houve em Venâncio Aires a caminhada pela paz com o tema: Paz e Meio Ambiente. Nessa caminhada participaram diversos alunos, professores e entidades. Foi uma ação muito bonita. Olhem as fotos!






24 de abr. de 2007

Caçar bugigangas



Curtas da Secretaria

PLANTIO DE ÁRVORES NA CALÇADA: antes de plantar árvores na calçada consulte a Secretaria para orientações quanto às espécies adequadas e forma de plantio.

REPOSIÇÃO FLORESTAL: quem está devendo a reposição florestal tanto na cidade quanto no interior deve providenciar o plantio. As vistorias começam a ser feitas este mês. Quem não tiver cumprido o disposto no alvará poderá ser multado.

Faça a sua parte! Conserve o meio ambiente.

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Atividade: “Caçar Bugigangas”

Objetivo: É uma atividade estimulante e divertida que visa desenvolver a capacidade de observação, o trabalho em equipe, a identificação, além de trabalhar conceitos da ecologia, biologia e outros, dependendo do objetivo do(a) educador(a).

Quando e onde realizar: de dia, em qualquer local

EXEMPLO: Lista de bugigangas

Escolha somente coisas que possam ser recolocadas com segurança e que não causem danos.

1. Uma pena
2. Uma semente espalhada pelo vento
3. Uma folha
4. Um espinho
5. Um osso
6. Dez amostras de alguma coisa
7. Três tipos diferentes de semente
8. Algo camuflado
9. Algo redondo
10. Parte de um ovo
11. Algo que seja felpudo
12. Algo que seja reto
13. Algo que seja bonito
14. Cinco amostras de algo artificial
15. Uma folha comida (não por você!)
16. Algo que faça barulho
17. Algo vermelho
18. Algo branco
19. Algo que seja macio
20. Uma pedra.Número de participantes: 3 ou mais

Idade mínima: 5 anos

Material necessário: saco de papel, lápis e lista de bugigangas

Como brincar: As crianças podem ser organizadas individualmente ou em grupos, dependendo do número de crianças. Cada criança ou grupo recebe uma lista de “bugigangas” que deverá procurar. A brincadeira pode ser feita de diversas formas: marcando tempo por item e conferindo cada item por grupo ou marcando um tempo total para toda a lista e conferindo após o término do tempo estabelecido. Cada objeto encontrado marca um ponto. Ganha quem tiver feito mais pontos. Essa brincadeira pode ser feita com crianças não alfabetizadas, bastando substituir a lista por uma cartela com quatro ou cinco desenhos (uma folha, uma pena, uma pedra e uma joaninha, por exemplo).

SE VOCÊ UTILIZOU ALGUMA DAS ATIVIDADES PROPOSTAS AQUI, NOS MANDE UM E-MAIL CONTANDO COMO FOI!

Adaptada do livro “Brincar e aprender com a natureza” de Joseph Cornell.

(Bióloga Mariana Faria Corrêa)

16 de abr. de 2007

Tolerância: chave para a boa convivência



“Conversar con todo el mundo. No temer el contagio de los adversos. Ningún conflicto es un túnel cerrado y la luz del entendimiento puede entrar por los dos extremos.”

Pablo Neruda

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A tolerância é, sem dúvida, a chave para uma convivência harmônica e produtiva entre seres vivos co-habitantes do Planeta Terra.
Essa afirmação, aparentemente um pouco ampla, poderia nortear a postura dos seres humanos frente a natureza e apaziguar conflitos históricos.
A forma como as coisas sempre foram feitas, em si, não justifica que as ações continuem sendo realizadas da mesma maneira. Isso significa dizer que todo o cidadão deveria repensar o porquê de agir de uma ou de outra forma, avaliando cruamente as motivações e desejos.
Quando falamos em meio ambiente temos uma questão cultural muito forte e conceitos arraigados, mas que hoje podem ser injustificados. As ações e formas de fazer e pensar transmitidas ao longo das gerações parece prevalecer, em muitos casos, ao estudo científico e discursos para preservação do meio ambiente.
O que quero dizer com tudo isso? De maneira simples: não é mais possível aceitar algumas situações comuns num passado não muito distante. Hoje caçar é crime, assim como desmatar. E porque se tornou um ato criminoso se era uma prática tão comum, aceita e amplamente praticada? Justamente por esses motivos. Animais foram caçados sem nenhum controle, sem nenhum cuidado. Espécies foram dizimadas, seja por sua utilidade, seja por não serem “úteis”. A mata nativa, outrora exuberante, foi completamente explorada, restando pequenas manchas que, apesar do tamanho, ainda desempenham um papel fundamental para todos os seres vivos do Planeta.
Hoje as florestas, os cursos d´água e todos os recursos naturais estão acima do direito privado de um cidadão. O meio ambiente é direito de todos e, sendo assim, sua proteção é uma obrigação coletiva. Ações isoladas parecem pequenas justamente porque são avaliadas isoladamente, mas quando agrupadas percebe-se sua dimensão.
Desta forma, a tolerância é um conceito que vai além do próprio termo, não devendo ser entendida apenas como o ato de “suportar”, mas sim como uma nova forma de ver a vida, respeitando outros seres, outras opiniões, não bastando apenas escutar o outro, mas principalmente compreender o outro, avaliar seus motivos e argumentos e, com isso, repensar os nossos próprios conceitos. Parece simples, mas não é. Colocar-se no lugar do outro verdadeiramente é um desafio, ponderar é primordial. A busca pela plena satisfação dos nossos desejos deve ser precedida por uma avaliação criteriosa. Dentro de uma sociedade há regras estabelecidas, algumas claras, outras sutis. Para o que não há regra, há o bom senso.
A briga pela defesa do meio ambiente deveria ser uma ação coletiva, visto que a degradação da mesma gerará implicações para todos os seres vivos – e não somente para uns ou outros. A poluição do ar, da água, o aquecimento global atinge a todos, independente de dinheiro, de poder, de credo.
Conservar a natureza é uma questão de atitude, tolerância e respeito. Exemplos simples: as árvores não são meros objetos criados para satisfazer aos nossos desejos e necessidades. Elas existem por si mesmas, respiram, reproduzem-se. Algumas árvores podem sobreviver muitos anos. Elas não são meros elementos decorativos, fornecedores de sombra ou proteção. Muitas vezes recebemos solicitações para corte de árvores para realçar a fachada de algum empreendimento, ou porque dão muito trabalho para limpar a calçada quando perdem folhas. É nesses casos que se percebe a necessidade de uma grande dose de tolerância e respeito. É claro que varrer a calçada diariamente gera trabalho, mas aquela árvore está ali, às vezes há mais tempo que nós, fornecendo sombra, proteção ao vento, beleza... Não é uma questão de substituí-la por outra. Seres são insubstituíveis e a maioria tem defeitos e qualidades. Assim, o relacionamento entre seres humanos ou não, deve estar aberto aceitar os defeitos, respeitá-los, valorizar as qualidades e conviver com tudo isso. Não estamos falando em radicalismos! Há caso de árvores danificando prédios, ameaçando cair sobre casas... ok! Certamente não é culpa delas, foram plantadas em locais inadequados, mas para garantir a segurança são retiradas. Mas esse tipo de atitude não deve ser a regra, deve ser a exceção. O mesmo pode-se dizer dos animais. Alguns deles estão próximos de nós, convivem conosco. Ótimo! Isso é muito bom! E porque temos que tomar alguma atitude? Porque sempre que vemos um animal pensamos que temos que fazer alguma coisa (pro bem deles ou pro fim deles)? Na maioria das vezes eles estão bem onde estão e muitas vezes só de passagem... Então porque não tolerar sua presença? E quem sabe até usufruir dela?
O segredo da convivência é a tolerância, mas para que isso seja possível é preciso que cada um de nós esteja disposto a fazer a sua parte.

(Bióloga Mariana Faria Corrêa)