27 de jun. de 2007

Polícia procura vítimas de falsa DP ambiental

Investigação
Polícia procura vítimas de falsa DP ambiental
Casal é suspeito de fazer blitze como se fosse fiscal do ambiente
CARLOS WAGNER

Um jovem de Alvorada pode ser a primeira vítima de uma falsa delegacia de proteção ambiental mantida no bairro Restinga Velha, zona sul da Capital. Segundo a polícia, o esquema foi montado por um casal que se dizia defensor do ambiente. O local foi fechado na segunda-feira por agentes da 16ª DP (Restinga), que procuram vítimas. A polícia apurou que o casal - um homem de 55 anos e uma mulher de 66 anos, supostos membros de uma ONG - usava um Palio com sinalizador luminoso, coletes imitando os da fiscalização ambiental, algemas e radiocomunicadores para dar batidas em estradas e casas. No prédio onde funcionaria a falsa DP - uma casa antiga que também serve de moradia para a dupla -, a polícia apreendeu dois coletes com a inscrição "Fiscalização Ambiental", quatro radiocomunicadores, dois blocos de notificação de multas e uma placa, que ficava na frente do prédio, com a inscrição "Delegacia de Proteção aos Animais e ao Meio Ambiente". Nome de rapaz estava em falso bloco de notificações Segundo a investigação, as pessoas flagradas pela dupla preferiam pagar na hora e não procuravam a polícia por estar envolvidas em crimes ambientais. Na manhã de ontem, Zero Hora localizou em Alvorada o rapaz relacionado pela polícia como uma das vítimas do casal. - Foi em abril, eu havia comprado um trinca-ferro (pássaro) e caminhava para casa. Um Palio com sinalizador luminoso parou, e uma mulher de colete parecido com o da polícia desceu, dizendo que eu estava preso por estar conduzindo uma ave silvestre. Ela veio com as algemas em minha direção. Corri e entrei pelo portão de casa - descreve o metalúrgico Wagner Luiz da Silva Gonçalves, 24 anos. Do portão de casa, Gonçalves disse ter começado uma discussão com a mulher. Afirmou ter como provar que o pássaro era legalizado, mas precisaria de tempo. Segundo ele, a mulher respondeu que levaria o passarinho e a gaiola. O metalúrgico teria sugerido resolver o caso na delegacia. A mulher teria pedido R$ 100 para esquecer o caso. - Respondi que não tinha dinheiro. O homem, que estava no carro, pediu calma e falou que se eu pagasse uma cesta básica durante seis meses o caso seria resolvido. Recusei. Então levaram o passarinho e a gaiola e me deram uma notificação - diz Gonçalves. Uma semana depois, Gonçalves foi ao endereço que constava da notificação para recuperar o animal. Foi informado de que era para voltar outra hora. Não voltou mais. A delegada Vívian Calmeiéri do Nascimento encontrou o nome de Gonçalves em um dos blocos de notificação apreendidos na falsa delegacia. Ela deverá ouvir o rapaz na próxima semana. A suspeita é de que o casal agia havia mais de um ano, o que faz a delegada acreditar na existência de mais vítimas. Vívian pretende apurar qual a relação dos dois com a ONG a qual dizem pertencer. Segundo a delegada, o casal responderá em liberdade por usurpação de função pública. Os policiais investigam o suposto envolvimento deles em extorsão e estelionato.

Fonte: ZH - Porto Alegre, 27 de junho de 2007. Edição nº 15284

19 de jun. de 2007

Comissão aprova aumento de penas para crimes ambientais

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável aprovou, no últimodia 30.05, o Projeto de Lei nº 80/07, do Deputado Antonio Carlos Mendes Thame(PSDB-SP), que muda artigos da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98) para aumentar as penas previstas para várias ações danosas ao meio ambiente. As mudanças atingem especialmente os casos de desmatamento; morte de animais aquáticos; atividades de mineração; e danos ecológicos em áreas de preservação permanente. A relatora, Deputada Marina Maggessi (PPS-RJ), apresentou parecer favorável edestacou que o projeto dará às autoridades meios mais eficazes de combater práticas ilegais. "Notadamente aquelas em escala empresarial, como a extraçãoe o comércio ilegal de madeira, carvão e lenha, a mineração sem licença e os danos à vegetação em áreas de preservação permanente."

Desmatamento e poluição

A detenção de um a três anos prevista atualmente para destruição ou corte deárvores de floresta considerada de preservação permanente foi transformada em pena de reclusão, com acréscimo de multa. Atualmente, todas as penas podem ser trocadas por multa, caso a Justiça considere mais adequado. Segundo o projeto, a destruição de florestas nativas ou plantadas e da vegetação fixadora de dunas ou protetora de mangues será crime punido com reclusão de um a três anos e multa. Atualmente, esse ato é sujeito a detenção de três meses a um ano e multa. No caso de desmatamento de floresta em terras de domínio público ou devolutas sem autorização, a pena será ampliada para reclusão de dois a quatro anos. Para casos de morte da fauna aquática por poluição das águas, a legislaçãoatual estabelece apenas a detenção de um a três anos. Segundo o projeto, a pena passará a ser de reclusão por três anos, acrescida de multa.

Mineração

Os crimes relativos a atividades de mineração passarão, segundo o texto, a ter penas de reclusão de um a dois anos e multa. Atualmente, essas práticas são punidas com detenção de seis meses a um ano. Entre os crimes especificados no projeto, estão:
- Extrair pedra, areia, cal ou minerais de florestas de domínio público ou consideradas de preservação permanente;
- receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal sem exigir a licença do vendedor;
- executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem autorização do sórgãos ambientais.

Legislação branda

De acordo com Mendes Thame, o combate aos crimes ambientais é dificultado pela excessiva brandura da legislação ambiental. "Hoje, quando se consegue prender o traficante ou o comerciante de madeira ilegal, ele simplesmente paga uma fiança e depois sai livre", ressaltou. Mendes Thame destacou que a atual legislação representa um estímulo à prática de infrações, "tendo em vista o alto lucro proporcionado pelos crimes ambientais". Ele enfatizou que a prática de crimes ambientais "é organizada, estratificada e departamentalizada, e adquire características empresariais esemelhantes às atividades de máfia".

Tramitação

O projeto ainda será analisado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania,antes de seguir para o Plenário.

Fonte: Agência Câmara Disponível em: http://www.jornaldomeioambiente.com.br/JMA-index_noticias.asp?id=12995

8 de jun. de 2007

Papel artesanal parte 2

Link que ensina passo-a-passo como fazer papel artesanal: http://www.comofazerpapel.com.br/assets/comofazerpapel.pdf

Durante a oficina também aprendemos que é possível fazer papel a partir de fibras da bananeira, sisal e outras mais.

Aí vai a receita:

Papel de Sisal

Ferva por 1 hora e meia o sisal picado em mais ou menos 2 litros de água com 2 colheres de sopa de soda cáustica. Cuidar para que a soda não caia direto na fibra (pode diluir antes na água). Após fervido bater no liquidificador até formar uma papa homogênea. Misturar a polpa em uma bacia com água mais 1/2 copo de baba de quiabo (dispersante). Para isso deixar o quiabo em água fria. Misturar também 1/2 copo de CMC. Fazer o procedimento normal, descrito anteriormente.

Papel de bananeira

Usar o "caule" da bananeira (sem o miolo e a primeira casca). Deixar de molho por 7 dias, trocando a água de 2 em 2 dias. Picar com a tesoura a fibra antes de ferver (tamanho de aproximadamente 2x2 cm). Ferver durante 2 horas com uma colher de sopa de soda cáustica. A fibra está pronta quando a fibra começar a arrebentar com facilidade. Deve-se neutralizar com vinagre (1 copo para 2 jarras de fibra). Agitar bem e medir o Ph, que deve ser neutro. Lavar para retirar a lignina e bater no liquidificador por 10 minutos, de 2 em 2 minutos (3 punhados de fibra para 1 jarra). Após a fibra estar homogênea, acrescentar baba de quiabo e CMC.

Papel artesanal


A oficina de papel artesanal também foi um sucesso. Crianças e pessoas da comunidade puderam aprender a técnica que alia arte e preservação do meio ambiente. A oficina foi ministrada pelo grupo Oficina de Bonecos.

Para quem não pode participar, aí vai a receita (distribuído pela Oficina de Bonecos):

O papel artesanal

História: o papel foi inventado na China em 105 A.C., criado por Ts'ai Lun. Ele descobriu que a camada interna da casca da amoreira misturada a trapos, cânhamo e velhas redes de pescaria podiam ser reduzidos a fibras que, trituradas e emaranhadas, formavam uma folha. Esses materiais eram batidos até se transformarem em uma substância pastosa que era colocada em uma grande tinha e diluída em água onde mergulhava-se um molde raso e poroso. Retirava-se o molde e a água escoava pelo fundo, deixando uma camada de fibras que, ao secar, tornavam-se uma folha de papel. Apenas 100 anos mais tarde o papel se tornaria conhecido por outros povos, mantendo a China o monopólio de sua fabricação.

O papel no Brasil: Em 1809/1810 foi construída a 1ª fábrica de papel no Brasil, em Andaraí Pequeno, RJ. Com excessão do México, nunca antes havia-se confeccionado papel artesanalmente na América Latina. Na década de 80 há uma retomada do papel artesanal como reação política, cultural e ideológica.

Reciclagem: a reciclagem consiste na utilização do papel velho para obtenção do papel novo. Era uma prática limitada até o final da década de 70.Nessa época, a preocupação crescente com a poluição ambiental incentivou o reaproveitamento de detritos sólidos. A reciclagem também recebeu apoio de grupos que insistiam na melhor proteção dos recursos naturais.

O papel leva de 3 a 6 meses para se decompor na natureza.

Algumas razões para que se recicle o papel:
- reduzir custos com a matéria prima;
- economizar recursos naturais: água, madeira, petróleo e eletricidade;
- melhorar a competitividade das usinas que utilizam matéria prima reciclada;
- criar empregos: catadores de papel, sucateiros, donos de depósito, aparistas e industriais;
- diminuir custos de coleta e tratamento de lixo.

O papel pode ser reciclado várias vezes, dependendo do tamanho de suas fibras. Esse processo pode ocorrer de uma forma artesanal ou industrial. Para aproximadamente 50 kg de papel reciclado, poupa-se o corte de uma árvore.
Os melhores papéis para reciclagem são aqueles que oferecem resistência para rasgar. O saco de cimento e papel kraft são celulose de araucária, longas, que ainda não sofreram branqueamento sendo, portanto, excelentes papéis para a reciclagem. O filtro de café de papel é fibra de algodão. Aparas de gráfica, como papéis canson, vergê também se prestam à confecção do papel artesanal. Alguns papéis, entretanto, não se prestam à reciclagem. O papel carbono ou carbonado é extremamente tóxico, bem como o estêncil, que contém chumbo. O Jornal contém muita toxina. O papel couchê brilhante tem celulose pequena e deixa muito resíduo. Papéis laminados, fotográficos, plastificados e encerados devem ser evitados.

Equipamentos e materiais básicos:

- lugar com mesa e pia ou fácil acesso à água;
- 1 liquidificador;
- 1 bacia de pedreiro, ou bacia de verduras da geladeira (ou uma que seja bem maior que o molde)
- 1 molde (retângulo vazado de madeira com tela de mosquiteiro presa com tachinhas ou grampeador) - pode ser encomendado em Porto Alegre na Usina do Papel (Usina do Gasômetro) ou com Walmor (99534057);
- 2 tábuas envernizadas um pouco maiores que o molde;
- 1 balde (para colocar a polpa);
- papéis usados (rascunho, envelope, kraft, cartolina, saco de cimento, filtro de café, etc.);
- 1 esponja;
- 2 pedaços de feltro ou toalha velha (um pouco menor que a tábua);
- 3 sargentos, ou tijolos, ou livros pesados para prensar o papel;
- entretela n° 50 ou 60 sem cola e entretela fina sem cola para fazer o "sanduíche" para prensagem (encontra-se em lojas de tecido);
- varal e prendedores;
- enfeites (lã, linha, erva-mate, flores, folhas, casca de cebola, ervas, barba de milho...);
- cola CMC -carbox-metil-celulose - encontrada em lojas que vendem produtos químicos (em Porto Alegre tem na Farmaquímica - Rua Maranhão 47 / fone: 2123-5299 e na Usina do Papel);
- alúmen de potássio (opcional) - para facilitar o processo de fixação da cor quando o enfeite é fervido;
- copo ou jarra de plástico de 1 litro
- coador.

Como fazer papel artesanal:

1. separar os papéis a serem usados por tipo e cor;
2. rasgar os papéis em pedaços pequenos;
3. deixar de molho por 24h;
4. bater no liquidificador 3 punhados de papel levemente espremidos com 1 litro de água. Bater por 2 minutos até virar um mingau bem homogêneo;
5. escolher o enfeite, ferver por 15 minutos. Coar, lavar e depois ferver novamente por mais 15 minutos para amolecer as fibras e fixar a cor. Após bater no liquidificador ou picar a mão;
6. misturar o enfeite na polpa. 4 litros de polpa rendem mais ou menos 10 folhas A5;
7. Numa bacia colocar água até mais ou menos 4 dedos da borda. Se quiser, colocar meio copo de CMC para o papel ficar mais forte. Para começar colocar 1 litro e meio de polpa, depois ir repondo a polpa a cada 2 papéis;
8. arrumar a cama onde os papéis serão empilhados: tábua - toalha ou feltro - entretela grossa;
9. agitar a água da bacia, mergulhar o molde verticalmente, puxá-lo para cima horizontalmente para colher a polpa. Deixar escorrer a água sem agitar o papel (deixar a água escorrer em um canto do molde);
10. abrir o molde. Virar o molde com a parte do papel encostada na entretela. Secar o exesso de água com uma esponja, levantar um dos lados do molde e dar uma batidinha com as costas da mão para soltar o papel. Colocar a entretela fina, depois a grossa. É importante virar os papéis sempre no mesmo canto pra não estragá-los na hora da prensagem;
11. depois de pronto colocar outra toalha ou feltro e a outra tábua;
12. colocar o peso (sargento, tijolo...), para tirar o excesso de água;
13. pendurar o papel no varal pela parte da entretela para secar (pode ser no sol ou na sombra, só não é recomendado pegar vento);
14. depois das folhas secas é legal prensar de novo para ficar bem compacta, principalmente se quisermos usar para escrever. O ideal é deixar prensando 1 dia inteiro. Para deixar o papel mais lisinho intercalar as folhas com um plástico grosso, como RX usado um pouco maior que o papel (deve ser deixado de molho na clorofina para tirar a tinta).

DICAS:

*Cola CMC - 1 colher de sopa rasa para 1 litro de água. Bater no liquidificador até ficar homogênea. Pode ser conservado mais de um mês na geladeira.
*Alúmen de potássio - ferver por 5 minutos os enfeites com 1 colher de sopa para 1 litro de água.
*Para tingir pode ser usada anilina para tingimento de algodão, tanto na polpa quanto nos enfeites (ferver a polpa ou enfeite com anilina por meia hora - seguir as instruções do produto).
* Todo material usado deve ser lavado, limpo e seco.
* Guarde todo pedacinho de papel que você fizer. Ele pode ser usando em trabalhos de colagem.

Trilha Ecológica


O tempo colaborou e foi possível inaugurar a trilha ecológica. Contando com a presença de autoridades venâncio-airenses, percorremos cerca de 500 metros na área verde do loteamento Parque do Chimarrão às 10h do dia 6 de junho.

A trilha foi muito elogiada. Pretende-se agora organizar um projeto para buscar verbas para a cercamento da área e melhorias nos equipamentos.

Escolas e interessados podem agendar a visita pelo telefone da Semma: 39831034.

Festa Ecológica na Praça

O dia Mundial do Meio Ambiente foi comemorado em uma linda festa na Travessa São sebastião Martir.

Partciparam escolas como a Apae, Oliveira, Cidade Nova, além dos Centros Sociais Urbano e Raio de Luz.

Durante a festa, que começou as 14h, as crianças puderam assistir à peça de teatro "A Herdeira das Bruxas", organizada pelo Centro Social Raio de Luz. Após, as Agentes Comunitárias de Saúde apresentaram um teatro de bonecos que abordava a importância da separação do lixo e cuidados com a saúde.



O Centro Social Urbano foi o responsável pela distribuição do novo folder da coleta seletiva para a comunidade, ação essa que faz parte de um projeto maior que vem sendo desenvolvido pelo Centro desde o ano passado.
A Escola Cidade Nova também estava presente mostrando o trabalho de artesanato com material reaproveitado desenvolvido pelas crianças.



Durante toda a tarde as crianças puderam brincar nos brinquedos do Sesi e dançar ao som do Dj Robson.


Houve também o plantio de flores na praça com as crianaças do Colégio Aparecida.


Agradecemos a presença de todos!

5 de jun. de 2007

Marionetes



As oficinas de marionetes foram um sucesso. Mais de 50 pessoas participaram da atividade e poderão multiplicar a técnica em suas escolas. Para a confeção dos passarinhos foram utilizados materiais reaproveitados e papel machê. O papel machê é uma técnica simples que reaproveita papel jornal e pode ser usada para a confecção de peças, máscaras, objetos de decoração, marionetes e o que mais se quiser criar. Depois de secas, as peças podem ser lixadas e pintadas. Aí vai a receita:
1 jornal (do tamanho da Folha do Mate)
250g de cola branca (cascorez)
grude (cozinhar 4 colheres de amido de milho em dois copos de água até engrossar, pode ser feito com farinha de trigo ou polvilho)
talco industrial (para endurecer)
Deixamos o jornal de molho no dia anterior com uma colher de sopa de sabão em pó. para melhorar a qualidade podemos misturar a receita 20 filtros de café (usados e lavados) picados e batidos no liquidificador, coar e espremer para tirar toda água (espremer com um pano). O jornal também deve ser coado e espremido. Misturamos a cola, o papel e o grude. Acrescentamos o talco até adquirirmos a consistência desejada (uma massa uniforme que possa ser modelada).
Material fornecido pela Oficina de Bonecos.
Bom trabalho!