Por coincidência ou não, exatamente um ano após o evento de mortalidade de peixes ocorrido no arroio Castelhano que vitimou milhares de peixes de diversas espécies, dia 2 de dezembro, a equipe da Secretaria de Meio Ambiente foi novamente acionada para verificar uma ocorrência na altura do campinho da Batistti. Prontamente, a equipe formada pela bióloga Mariana, o fiscal Marcos, o acadêmico de biologia Jander e a acadêmica de engenharia ambiental Thaís, se dirigiu até o local onde constatou o fato. Vários pontos do arroio foram vistoriados por terra a fim de identificar a proporção dessa mortalidade.
Para não perder-se tempo as tarefas foram divididas. A Central Analítica da Unisc, contratada pela Semma, foi chamada para realizar coletas e análises da água. No dia seguinte, acompanhado pela Thaís, técnico da Unisc amostrou quatro trechos do arroio.
A outra equipe, formada por Mariana, Marcos e Jander, tratou de providenciar equipamentos para, mais uma vez, descer as águas poluídas do arroio Castelhano. A bordo de um barquinho de fibra a remo, equipados com um GPS, máquina fotográfica, coletes salva-vidas e alguns suprimentos, às 9h da manhã do dia 4 de dezembro, na altura da ponte da linha Olavo Bilac, iniciou-se a viagem. Durante oito horas a equipe percorreu aproximadamente 9,5 km e registrou diversos focos de desmatamento, erosão, assoreamento, lixo, descarga irregular de esgoto, construções irregulares de passagens e grande quantidade de entulhos. Também foram identificados os pontos de mortalidade de peixes. O objetivo da viagem foi mapear as áreas e investigar as possíveis causas dessa mortandade. Apesar de diversas irregularidades também foram registrados bons momentos, como um esquilo nas margens do arroio, muitas aves, especialmente martins-pescadores, e algumas áreas de mato ainda bem preservadas.
Às 17 horas, próximo ao final da rua sete de setembro (antigo lixão), a excursão teve que ser interrompida. A quantidade de lixo era tão grande que não houve forma de transpor a embarcação e seguir a viagem. Em terra, o Agrônomo Giovane orientou a equipe sobre sua localização e, juntamente com o motorista da Semma, seu Olívio, foram ao seu encontro.
O restante da semana foi dedicado a analisar os dados coletados e fazer vistorias a empresas.
Ao que tudo indica esse evento de mortalidade, ao contrário do ano anterior, não ocorreu por uma diminuição do oxigênio na água, conseqüência do aumento de matéria orgânica, entre outros fatores. Por vários motivos, a Semma acredita tratar-se de algum despejo irregular de um produto químico. Apesar disso, não há risco para a população e o efeito do produto foi localizado e pontual.
A Semma continua investigando e deve notificar algumas empresas a partir dessa semana. Além disso, o setor de fiscalização e controle está apurando a responsabilidade dos danos identificados durante a vistoria no castelhano, como o depósito irregular de pneus, desmatamentos das margens e deve tomar providências para punir os infratores e reparar os danos.
12 de dez. de 2008
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