Algumas declarações sobre a responsabilidade no caso do acidente no rio dos Sinos estão mais claras agora, depois do resultado da força-tarefa que o governador Germano Rigotto formou para investigar o incidente no rio dos Sinos. O resultado da força-tarefa não destacou nenhuma empresa como a maior responsável, ou consórcio nesse sentido; o que ficou em evidência foi o fato de que apenas 6% do esgoto é tratado na região que tem um milhão e trezentos mil habitantes. Chegou-se a discutir se a responsabilidade das empresas às margens do arroio de onde se identificou ter vindo o maior volume de poluentes ligado à mortandade de peixes era de 7 ou 11%, sem que se desse satisfação óbvia dos 89% outros, do que quer que seja responsável pela situação calamitosa. Parece claro agora que incidentes isolados tem muito da colaboração de empresas irresponsáveis, porém o contexto da degradação dos recursos hídricos é outro, o profundo estado de negligência social em relação às causas de longo prazo, que tornam o quadro crítico e potencializam acidentes restritos de poluição eventual. Não surpreende então que um rio morto seja um local insalubre para peixes ou o que mais possa viver nele ou próximo a ele ou se valha dele de algum modo (geól. André Silveira).
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